Nada
mais, nada menos do que acusação de desvio em torno de R$ 60 milhões dos cofres
públicos por ex-prefeitos baianos: este foi o objeto da investigação realizada
pela Polícia Federal (PF), que resultou na operação Granfaloon, com o decreto
da prisão temporária de 13 pessoas e de 36 mandados de busca e apreensão, nesta
terça-feira, 18. O esquema era formado
por um grupo de empresários da região Sudoeste do estado que se associaram,
simulando licitações e contratações de empresas falsas. Prefeitos,
vice-prefeitos e secretários faziam parte deste processo, no qual recursos
destinados a saúde, educação e transporte eram desviados. Os inquéritos foram
abertos em 2009 por meio de relatórios da Controladoria Geral da União (CGU). Nas primeiras horas desta manhã a PF já havia executado 12 prisões, apreendeu
discos rígidos, computadores, R$15mil em espécie, cheques e carros. Os acusados
estão sendo indiciados por crime de fraude em licitações, desvio de verba
pública e formação de quadrilha. As penas podem chegar até 46 anos de prisão. Os municípios nos quais foi realizada a operação são Vitória da Conquista, Belo
Campo, Bom Jesus da Serra, Dário Meira, Encruzilhada, Paramirim, Poções,
Planalto, Ribeirão do Largo e Tremedal. A PF constatou que a sede funcionava em
Vitória da Conquista. O termo Granfaloon refere-se à uma lenda da Noruega – um
monstro de vários tentáculos que apropria-se de corpos humanos. Os empresários
atuariam do mesmo modo, ampliando e fortalecendo sua rede.
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