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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

BRASIL É CONSIDERADO PAÍS MORTAL PARA JORNALISTAS

Com cinco jornalistas mortos no país no ano passado, segundo a RSF, o Brasil se tornou o mais mortal de todo o continente americano para a profissão, lugar até então ocupado pelo México, considerado um "país muito mais perigoso (do que o Brasil)", diz o documento. A organização calcula que 114 jornalistas foram feridos desde junho de 2013 por conta dos protestos que tomaram conta do Brasil, no que a RSF chama de "primavera brasileira". "A dura repressão policial que ocorreu no Brasil em 2013 também atingiu os profissionais da informação. Essa primavera brasileira provoca um forte questionamento em relação ao modelo midiático dominante e coloca em evidência os sinistros hábitos mantidos pela polícia militar desde a ditadura", afirma o relatório. Para a organização, "mais de dois terços dos casos (de violência contra jornalistas nos protestos) são atribuídos às forças policiais". Na segunda-feira, após o anúncio da morte do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, atingido por um rojão durante um protesto no Rio, a organização havia publicado um comunicado lamentando a "triste constatação dos ataques frequentes contra jornalistas nos protestos no Brasil". Nesse comunicado, a RSF também pede para as autoridades brasileiras identificarem os responsáveis pela morte do cinegrafista e afirma que o Brasil deve tomar "medidas fortes" às vésperas da Copa do Mundo, quando haverá um grande número de jornalistas cobrindo os eventos esportivos e sociais no país.

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